A Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) é caracterizada pelo desenvolvimento de novos sintomas neuromusculares que ocorrem após a estabilidade de ao menos 15 anos nos pacientes com poliomielite paralítica aguda prévia. Estes sintomas incluem: nova fraqueza muscular e nova atrofia nos membros, nos músculos bulbares ou respiratórios [atrofia muscular da Pós-Poliomielite (AMPP)] e fadiga excessiva e resistência física diminuída. Além desses sintomas, ocorrem, de forma frequente, dores articulares e musculares, intolerância ao frio e transtornos de sono (apnéias obstrutivas e centrais, e movimentos periódicos de membros – PLM).
A SPP é um diagnóstico clínico que requer a exclusão de outras doenças médicas, neurológicas, ortopédicas ou psiquiátricas que poderiam explicar a causa dos sintomas novos (MULDER). A SPP é um fenômeno lentamente progressivo com período da estabilidade de mais de 15 anos ou mais, e pode representar até 70% dos sobreviventes de poliomielite paralítica aguda.
Embora a etiologia desses sintomas não seja clara, pode ser devida à disfunção da unidade motora manifestada pela deterioração periférica (axônio e junção neuromuscular).
É estimado que 60% de todos os 640 mil sobreviventes de poliomielite paralítica nos Estados Unidos podem sofrer dos efeitos tardios da poliomielite.
Embora as epidemias da poliomielite tenham tido um fim dramático em muitos países com a introdução da vacina Salk em 1955, a poliomielite aguda permanece como uma ameaça em muitas partes do terceiro mundo.
Ademais, muitos dos primeiros sobreviventes estão agora desenvolvendo novos problemas, e, em face de nova mudança para restaurar a força e função.
